MORADIA NÃO É MERCADORIA
Olá "compitas", sou a GINA, do bloco de organizações populares, pedimos se você pode nos ajudar a divulgar essa mobilização por moradia nesta quarta-feira, muito obrigado !Diante da crise habitacional e do ataque ao nosso povo, hoje mais do que nunca devemos estar unidos para sair e lutar pelo que é justo e pertence a nós.
Nesta quarta-feira os moradores saíram para lutar contra os despejos e por uma solução habitacional para a classe trabalhadora!
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Há alguns dias assistimos ao despejo brutal sofrido pelos camaradas da Aquisição de 17 de Maio. Vimos também como a imprensa burguesa continua a mentir e a criminalizar os moradores no meio de uma situação em que muitas famílias ficaram desamparadas, sem teto, sem casa.
Já há algum tempo que vemos como este governo tem utilizado todos os meios para reprimir e criminalizar aqueles que lutam pelos seus direitos, como fez, por exemplo, com a aprovação da Lei da Usurpação ou Lei Anti-Tomação, que revela a fortalecimento de um Estado contrainsurgente que criminalize a luta e defenda os interesses dos ricos e poderosos deste país.
A crise imobiliária não vai mais longe e não se expressa apenas na falta de um teto para morar, mas a isso se somam os baixos salários, o aumento dos preços, os custos excessivos de aluguel e, para piorar, só esta maldita lei. o número de famílias sem-abrigo está a aumentar, a crise e as condições precárias em que se encontra o nosso povo estão a aumentar.
Enquanto isso acontece, Montes continua sem dar soluções concretas e só entrega migalhas ao nosso povo, assim como fez com as moradias emergenciais de Viña del Mar e Quilpué, que permanecem inacabadas e chovem. Ou como também faz com o seu Programa de Integração Social e Territorial (Ds19), com o qual vende um discurso de acesso à habitação, mas que na realidade procura continuar a expandir o bolso dos empresários e continuar a fazer da habitação um negócio. Isto foi demonstrado pelo excesso de stock de 114 casas construídas por empresas imobiliárias que ainda não foram adquiridas, às quais o governo respondeu com um pacote de supostas medidas de apoio com empréstimos hipotecários, obrigando as famílias a endividarem-se para terem um lugar para ao vivo.
Denunciamos constantemente a dupla face deste governo, que fala de forma oportunista sobre o povo e a democracia, mas por trás disso tudo o que faz é defender os interesses burgueses. Na TV e no exterior vendem um discurso de “segurança e proteção contra o crime” mas agora, suas verdadeiras intenções estão mais do que demonstradas e não há dupla interpretação nisso, os despejos são um ataque direto à organização, é querer esmagar com todos os meios possíveis às organizações populares e aos moradores que continuam a lutar, levantando a voz pelos nossos direitos e resolvendo por nós mesmos, com autonomia de classe, a precariedade a que este sistema de miséria e exploração nos submeteu.
É por isso que, face a este ataque ao nosso povo, os moradores e os diferentes sectores em luta devem estar unidos para sair e lutar pelo que é justo e nos pertence. E junto com isso, devemos denunciar os líderes e organizações vendidos e servis aos interesses dos ricos que reivindicam a voz dos moradores e permaneceram cúmplices e servis em silêncio com o governo antipopular.
Nem as suas ameaças nem as suas leis repressivas poderão deter a organização popular que se construiu nos diferentes territórios. Embora acreditem que estão a desarmar o nosso povo, na realidade dão-nos razões para continuar a lutar.
Sejamos claros e não esqueçamos que todos os que ocupam os lugares do poder nunca defenderão os nossos interesses e apenas procurarão desmantelar-nos e encher os seus bolsos.
Nosso único caminho é luta e organização!!
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